segunda-feira, 30 de agosto de 2010

blogando...

Que cores e nomes posso jogar
nesse vento de calcanhar de Aquiles?
Intertextual de brisa e furacão
sopra os varais da solidão.
O céu aberto me engole
fico como um candelabro
sinto a máxima culpa
invadindo meu bocados
se há palavras
as pego, não renego
sinceridade
não há quem rogue
controvento da diversidade
é ventar num blog...

domingo, 29 de agosto de 2010

porrada ao vento

Ventania inesperada
reguei vento
e tempestade
com tanto sentimento
com tanta vontade
que não vi nada.

Os raios me cegaram
trovões gritaram
pela minha boca
não me contaram
nem me protegeram
deixaram-me oca.

Ponto de contato,
convergência dos ventos
sopro de impacto
de todos os momentos

Eu aqui  e agora
armação de catavento
com olhar de banderola
quebrada pelo tormento
a filha que soprei
do meu colo quente
hoje enfrentei
menina e mulher:
frente a frente.
O que a gente quer?
Ventar, de repente.
O que não se quer?
Fingir-se contente.

Troveja. Venta,
Tempestades...
Alimenta
as verdades
desorienta
os covardes.
Quanto a nós?
Prá aprender
nunca é tarde.

domingo, 22 de agosto de 2010

Eparrê, minha carta!



Eparrê,
vento que sopra...
leva carta
que não escrevi.
Atravessa-mata
do caule a raiz
daquilo que vivi
e conta o que fiz
o que falei,
o que não ouvi.
Leia na folha torta
aquilo que não vi
ponto final
letra morta.
Eparrê,
bate na porta
a carta
em que dizer-me...
atrevi.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vento caiçara

Lançada a flecha
o tempo  não para
bate janela
a porta fecha
a vida dispara
oca fortalecida deixa
machucado que sara
pena, penacho ameixa
sobre a cabeça rara
sopra uma madeicha
é o vento caiçara...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Escalando o vento

Ultrapassar o finito
Tocar um vento esquisito,
que amenize a dor,
indo além do grito
prá lá dessa verve
percebendo a flor...
num jardim de neve
promessa sem cor

Escalar o aroma
              a amora
             ir a roma
                ao mar
                o amor,
por favor, sem demora.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um movimento
de dentro
não cabe mais em mim.
Sacode-me
ao vento
cria asas
livra-se assim...
leve sigo
parada
apenas comigo
em revoada
me afasto do fim
Quero-me
neblina
nesse frio molhado
escondendo
a vontade
de guardar
a estátua da elevação
sustento a árvore
 do desejo,
mantendo em mim
a tempestade
e no ensejo
de ser  presa
da  liberdade,
nego o chão.
 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Recado ao vento

Tô ventando pela vida
sem medo de ser carregada
sem medo de ser consumida.