sexta-feira, 22 de abril de 2011

PROCURA-SE...

Fruta verde
em pé de abril
quase flor de maio
e não sabe florecer

No sol tenta
amarelecer
mas não arrebenta
prefere chorar
a chuva

Seu olhar acusa(dor)
elege vilões
esquece os hérois
flagela-se

Busca sem querer encontrar
não quer ir, nem quer ficar
desarvora...
ecologicamente incorreta

Desiste prá ter coragem de continuar.
Continua por não ter coragem  de desistir

 Faz-se irresponsável
pela responsabilidade  que lhe impôs
não sabe o que fazer com tanta liberdade
promove-se indecifrável

Que caminho tomar?
O que fazer...
com tanta escolha?
É preciso saber perguntar
retirar essa rolha
sem medo do medo provar.

Começo a rimar minha agonia
porque não é fácil na adolescência
de um rebento não ver alegria
e encontrar paciência,indulgência...

Há uma peruca de interrogações
uma franja sobre o olhar
e uma boca que grita reivindicações
só resta como em gestação: esperar.


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vento pertuba(dor)

"Quarto poema mais lido desse blog"




Quero entender esse desassossego
furor que me acalma
necessidade de aconchego
que borbulha dentro d'alma
Tenho medo do teu amor   
e coragem prá fugir.
Entenda-me, por favor...
só vi o amor partir.

Tuas palavras não respondem
as perguntas que me faço.
Teu silêncio faz desordem
em todo esse meu espaço.

Saio do teu olhar
cautelosa e insegura
sem força prá encarar
o farol na  rua escura.

Não quero sofrer mais,
acreditar, entrar nessa.
O amor nunca é demais
se vazio de promessa.




segunda-feira, 18 de abril de 2011

Vento na Ribalta

Onde há luz, que não brilha?
Sombra azul que mascara?
Mata que segue sem trilha?
Pérola que não seja rara?

Teus olhos fechados.
Olheiras maqueadas.
Caminhos  intocados.
Colares falsificados.

Camarim da verdade,
palco do ser ou não-ser.
Ficção ou realidade?
Quem é você?

terça-feira, 12 de abril de 2011

Vento suavemente cruel


O olhar acompanha
o vento passar
e o sopro canta
na flauta do tempo
o som das folhas sêcas:
percussão que arrasta você
pra longe do abrigo
que construiu em meus braços.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

VENTO IRRECUPERÁVEL



Temos mais anjos neste outono.



 Teremos menos crianças,


correndo na primavera.


Ah! Se elas tivessem matado aula!?!?

Quem dera!!!

Vento parado

Amanheci
com gosto de pólvora na boca,
anoiteci
com essa realidade tão louca

Madruguei
sentindo uma dor coletiva
Chorei
pela violência de estar viva.

domingo, 3 de abril de 2011

VENTO inevitável

PRÁ VOCÊ
Você emudece minha vontade
enquanto incendeia meu desejo
faz complexa a simplicidade
faz da tua presença um beijo.

Não precisa  me tocar
me encharca
teu fixo olhar 
que me marca:

(X) "É. Só tinha que ser com você".

Sai, deixando o perfume da indecisão,
misturado a minha falta de coragem.
É preciso acabar com essa cisão
ser o  centro, fugir da margem.

Por que negar o que há?
Resistir a felicidade?
Assumir a alegria
de um encontro de verdade?

( X )"Me deixa encontrar minha paz
você que é Bonito demais".

O vento escultura a beleza
da vida que nos atravessa
Tanto tempo e incerteza
em olhares de promessa.

Sentimento que brota do chão
feito árvore frondosa e secular
semeada  na adolescente  paixão,
na maturidade, rega frutos de amar.








sábado, 2 de abril de 2011

vento de outono



Não falam.                                                                                                
Simplesmente os  lírios                                                                                               
se calam,
diante dos delírios...

Convido a razão
a não mais florecer
o medo é cor_tesão
que não quer receber

caminhos musicais
ficam a silenciar
entre dois desiguais
sem coragem prá amar.



"...pois já vai terminando o verão, enfim"
                                                                                                                                                 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vento do desejo

Venta a fúria de viver
no exílio invonluntário
silêncio inquieto
me faz escrever.
Barulho literário
desafia-me a ler
diante do deserto.

Páginas refletem
a vastidão do tempo lento.
Palavras prometem
livrar-me deste momento.

Minha alma de sinfonia
e festa popular,
feita de alegria,
não consegue repousar.

O movimento da vida
sacode a minha essência
tecida com gosto da lida
bordada  de impaciência.
.