sábado, 28 de janeiro de 2012

... vento indolente.




Não há como desenhar a saudade
nem mantê-la calma e paciente.
É parecido com dizer a verdade:
a boca fala, o corpo recente.

Saio pensamento-livre a buscar
sentido para esse desejo insolente,
que vai, fica e não deixa calar
a alma, gritando inconsequente.

Tanto sentimento tecido
em teias de ser inteiro
não quer ter nenhum sentido

Só quer ser soneteiro
mostrando-se bastante atrevido
como um vento sorrateiro.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Vento (a)temporal

As memórias do que ainda não vivi, espalham-se em bolas de gudes e pipas com cheiro de inocência, sobre a calçada do tempo. Meus olhos espalhados nessas retinas de vidro, em cores de papel, tentam desencontrar o medo e apostar na coragem da bola certeira, da marimba aventureira totalmente incertas, que por isso nesse chão se arrasta e no céu se lança, desenhando o caminho para o caminhar. Nesse vento (a)temporal o passado é minha escola.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Tecendo a vida...

A pele da manhã
respira a distância
entre a boca e a maçã...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Carnavalização do haver...

Há um pouco de mim
nesse tudo ou nada
de entrega.

Há muito de mim
no pouco ou nada
que me renega.

Não há
o medo, nem segredo.

Só, a verdade
é enredo
nesse carnaval de haver
pelo tanto que há...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Promessa do vento

Nossos rios
hão de se encontrar,
sob o vento
e as sombras,
conduzindo-nos
ao mar...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Vento desconhecido


"quinto poema mais lido nesse blog"
Não me reconheço nesse vento
atravessado,
calado,
vão.

Sou eu sendo...
fechada,
aguada,
magoada?
Não.

Já em mim esvoaça,
pipa, asa, pena em fim.
Ah! Esse vento que passa...
espremido,
reprimido,
seja um comprimido-sim.

Leva a dor que ameaça...
sem palavras, sem sentido.
Faz-me reconhecer,
vento desconhecido!

sábado, 7 de janeiro de 2012

O vento na palma da mão



Tem gente que não consegue agarrar o que está bem na palma da mão.



"O poema mais lido deste blog"




O chão é o meu mistério.
Rasa demais passa a vida.
Caminhamos colados nessa dimensão,
esquecidos que as mãos
podem nos erguer aos céus.

Decolemos.