Mãos de vento
sobre as cabeças
esvoaçam o pensamento
devassa suavidade
balançando os varais
secando a liberdade
o sol invadindo a tez
ao meio dia da vida
e uma sombra talvez
refresco aperreado
momento de graça
no chão castigado
poeira no olhar
espalha a verdade
que não quer calar
poema refeito
na dor forjado
estala no peito
nuvens em dedos
demarcam no céu
a chuva em segredo