Pássaros sem bicos cantam
até dançam se precisar
no silêncio se agigantam
e seguem a assobiar
lá ra lá do sabiá...
exilado pela queimada,
continua a suplicar
pela floresta incendiada.
Salvemos, salvemos,
o pendão da esperança!
tá virando cinzas...
O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
Pages
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
domingo, 15 de setembro de 2019
Dedo de vento
não mexe comigo
nem com o meu amigo
Pra que tocar no que não é seu?
Que prazer em depreciar...
A censura já morreu.
Pretende ressuscitar?
Os dedos provam o queijo alheio...
cutucando, lambendo
sem provar o recheio...
não mexe comigo
nem com meu amigo
Esse vento tenta desconstruir
mas não sabe o efeito
ventar é não proibir
leitura de qualquer texto ou contexto.
Liberdade é mais que palavra
é fato feito , além do feitor
um dedo de vento é lavra
que queima o inquisidor.
Não mexe comigo
nem com meu amigo
nem com o meu amigo
Pra que tocar no que não é seu?
Que prazer em depreciar...
A censura já morreu.
Pretende ressuscitar?
Os dedos provam o queijo alheio...
cutucando, lambendo
sem provar o recheio...
não mexe comigo
nem com meu amigo
Esse vento tenta desconstruir
mas não sabe o efeito
ventar é não proibir
leitura de qualquer texto ou contexto.
Liberdade é mais que palavra
é fato feito , além do feitor
um dedo de vento é lavra
que queima o inquisidor.
Não mexe comigo
nem com meu amigo
domingo, 2 de junho de 2019
ventinho ordinário
O vento da balbúrdia
não passou por aqui
e como não rima com nada
apenas com estapafúrdia
segue falas e falácias
enquanto seguimos a estrada
Meu trabalho dedicado
feito de suor e amor
não tem sido balburdiar
apenas desvalorizado
pois pra falar do que não se sabe
melhor seria calar
não passou por aqui
e como não rima com nada
apenas com estapafúrdia
segue falas e falácias
enquanto seguimos a estrada
Meu trabalho dedicado
feito de suor e amor
não tem sido balburdiar
apenas desvalorizado
pois pra falar do que não se sabe
melhor seria calar
domingo, 28 de abril de 2019
(...)
A liberdade vadia
de quem não conhece corrente
sopra o grito desaforado
no meio do fim do dia
quando o sol já poente
desenha o esboço rosado
A noite que não havia
cobre então toda gente
com o céu estrelado
E o sol que antes luzia
agora é lua crescente
num silêncio alado
Segue misteriosa a travessia
nesse madrigal dormente
por um tempo ensolarado
Provocando a harmonia
um futuro diferente: É urgente!
Onde o presente seja passado.
sábado, 27 de abril de 2019
Inteiros pedaços
Cidades de mim
atravessadas de ruas
bairros infinitos
casas que nunca entrei
Mares de sim
tocados por margens nuas
ondas em gritos
praias que aportei
Céus sem fim
abraçados em luas
abraçados em luas
estrelas e ritos
por onde sempre voei
domingo, 10 de março de 2019
Sentido: já!
Olhos dançam sobre as dúvidas
e pontos finais desenham o horizonte.
Reticentes momentos
cicatrizam no relógio
o que não faz tictac
Braços envolvem o dia
aconchegando no colo
uma vontade atemporal
de viver apenas
Pés flutuam em calçadas de vento
e o tempo caminhante
edita o que é e há neste gosto do agora.
e pontos finais desenham o horizonte.
Reticentes momentos
cicatrizam no relógio
o que não faz tictac
Braços envolvem o dia
aconchegando no colo
uma vontade atemporal
de viver apenas
Pés flutuam em calçadas de vento
e o tempo caminhante
edita o que é e há neste gosto do agora.
quarta-feira, 6 de março de 2019
Carta escrita sob(re) o vendaval...
Parágrafos líricos também voam...
O papel seguro por uma pedra e as palavras circulando na cabeça de vento sobre as montanhas. Tentativas várias de alcançar a luz das sensações, sem pensamentos organizadores da fluidez desembaraçada, que tenta dar vida ao que há entre insignificantes e ressignificados.
Processo de refazimento faz a carta em branco voar, como uma borboleta no azul do papel que misturasse ao céu e torna-se livre, carregando as intenções de palavras jamais escritas, apenas ensaiadas na expressão do pensamento, que ecoa fora, livre das amarras tecidas entre o papel e a tinta.
Entre o vento forte e o chão há leveza e simplicidade, liberta-se o poder de manipular o pensamento em palavras. Resta sentir o que ficou e deixar ir o que nunca devia ter chegado, num parto do que livre nasceu pra Ser.
Assinar:
Postagens (Atom)