Olhos dançam sobre as dúvidas
e pontos finais desenham o horizonte.
Reticentes momentos
cicatrizam no relógio
o que não faz tictac
Braços envolvem o dia
aconchegando no colo
uma vontade atemporal
de viver apenas
Pés flutuam em calçadas de vento
e o tempo caminhante
edita o que é e há neste gosto do agora.
O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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domingo, 10 de março de 2019
quarta-feira, 6 de março de 2019
Carta escrita sob(re) o vendaval...
Parágrafos líricos também voam...
O papel seguro por uma pedra e as palavras circulando na cabeça de vento sobre as montanhas. Tentativas várias de alcançar a luz das sensações, sem pensamentos organizadores da fluidez desembaraçada, que tenta dar vida ao que há entre insignificantes e ressignificados.
Processo de refazimento faz a carta em branco voar, como uma borboleta no azul do papel que misturasse ao céu e torna-se livre, carregando as intenções de palavras jamais escritas, apenas ensaiadas na expressão do pensamento, que ecoa fora, livre das amarras tecidas entre o papel e a tinta.
Entre o vento forte e o chão há leveza e simplicidade, liberta-se o poder de manipular o pensamento em palavras. Resta sentir o que ficou e deixar ir o que nunca devia ter chegado, num parto do que livre nasceu pra Ser.
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