tag:blogger.com,1999:blog-19401307841182466342024-03-05T01:29:58.275-03:00controvento-desinventoraO vento que venta daqui
é o mesmo que venta de lá?
Não, eu sou controvento,
ventania de esparramar,
até virar brisa,
desabotoar a camisa,
para o sangue ventilar.
Liquificar sem ar
controvento suado,
prá na liberdade
do vento
tocar, no sino, um dobrado
e ventando poder voar,
soando um verso molhado...controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.comBlogger563125tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-59590083950033059052023-12-17T18:10:00.001-03:002023-12-17T18:10:34.721-03:00<div>Releitura de Arquimedes:</div><div><br></div><div>Dê-me um ponto de esperança e me levantarei no mundo</div><div><br></div><div>Cláudia Lemos</div><div><br></div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-61509324167502187622023-12-16T19:07:00.000-03:002023-12-16T19:07:17.267-03:00poesia: prosa e poema<br>
<div style="text-align: justify;">
A prosa é a poesia cravada pelas unhas. Faz formas e fôrmas, lapidando o organismo espontâneo dos versos livres do poema, entre parágrafos e complexidades sintáticas, que o sentido poético sempre resmungou. A vertical poesia deixa espaço branco no papel, para que sejam asas, sem compromissos regenciais.<br>
O poema é a prosa descalça. É o domingo na casa da avó.<br>
A prosa é vestida. Está na agenda de quarta-feira.<br>
Mas todas têm P de poesia, de pluralidade, de praia, de primavera...de poeira que se desfaz contra o vento.<br>
As palavras seguem, desenhando a vastidão poética no papel, sem fronteiras, com a vontade cheia de sentidos e sem direção, bordadas pela liberdade de não saber aonde ir.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br>
<br>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-82652526890611953152023-11-11T20:03:00.000-03:002023-11-11T20:03:24.097-03:00ParteHá pedaço inteiro<div>Você partindo...<br><div>Inteiro em pedaços </div></div><div>Eu ficando...</div><div><br></div><div> </div><div>Eramos inteiros ponteiros,</div><div> o tempo em pedaços.</div><div>O relógio quebrou.</div><div>Agora somos nos espaços.</div><div><br></div><div>Você vive à terceira margem.</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-24983942150242415732023-09-10T10:38:00.001-03:002023-09-10T10:38:37.522-03:00Escapes<div><br></div><div><br></div><div> Ela não usava roupas com botão, por isso sempre que ele ouvia o barulho do zíper entendia que seria abandonado.</div><div> Um dia por semana havia uma saída surpresa que ele acompanhava com os olhos silenciosos até a porta e seguia pela janela enquanto a alcançava pela esquina.</div><div> Nunca perguntava onde ela ia, nem mostrava expressão que o mostrasse perturbado. Assim ungido de aparente serenidade, urrava aos prantos por dentro.</div><div> Ele nunca sabia quando ficaria só, se a noite, ou em pleno dia e não havia nenhum presságio ou indício que permitisse intuição sequer sobre o episódio misterioso, mas ele nunca quis saber o que ocorria de casa pra fora.</div><div> Entretanto, nada o incomodava mais que o barulho do zíper, nem mesmo o bater da porta, quando ela saía. Por isso, numa manhã de sábado em que sozinhava, caminhando pela casa, tomou uma decisão: recolheu todas as roupas dela e retirou cuidadosamente todos os zíperes.</div><div> Ela sempre voltava sem fazer ruídos, mas naquele dia ela deu um grito, quando chegou e encontrou todas as roupas caseadas e com botões sobre o cadáver de dedos furados por agulhas.</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-36989249839346429832023-09-10T09:33:00.000-03:002023-09-10T09:34:12.373-03:00ventanaJanelas abertas pelo vento<div>sopram noticias de longe</div><div>Sobre oceanos </div><div>Há nuvens dissipando </div><div>o embaçado olhar</div><div>Bocas sorrindo esperanças</div><div>Lá vem ela:</div><div>A vontade de viver outra viagem e aventura</div><div>Colhendo do vento as palavras.</div><div><br></div><div><br></div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-63296391446393115722023-02-23T11:26:00.001-03:002023-04-02T22:48:18.407-03:00Quando eu morri um anjo gordo, desses que se alimentam de nuvens, avisou: _Não vá a lugar nenhum, fique!Nesse Aqui tudo é bem mais leve,a vida não existe, só o depois impera. Não dê conversa pra Caronte, nem ouça os conselhos da mídia do purgatório. Permaneça mudo e finja ser surdo, sem precisar mentir. Não seja total pecador,. nem santo. Embale-se no que é. Talvez sinta falta do carnaval e de chocolate… Mas nada é igual. a não ter que comer. Agora haverá de ser: Não vai pôr nada pra dentro, nem pra fora. Inaugure as asas. e flutue no não-ser. Aqui não há tristeza,. nem alegria, apenas sopra o vento morno do nada. Não serás gauche, nem coxo. Inexistirá. O play graund acabou. controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-61997866401289481982022-12-17T20:16:00.003-03:002022-12-17T20:17:03.506-03:00<p style="text-align: right;"> ...és o avesso do avesso...</p><p style="text-align: right;">Caetano Veloso</p><p>poesia de gravata</p><p>e de pé no chão</p><p>verso de bravata</p><p>corpo feito a mão</p><p><br /></p><p>cabeça virada</p><p>estrofe transversa</p><p>rima de calçada</p><p>palavra submersa</p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-36054882174995777422022-12-17T20:06:00.002-03:002022-12-17T20:06:34.068-03:00<p> PASSADIÇO</p><p><br /></p><p>Tanto tempo</p><p>nenhum tanto de tempo</p><p>sem tento</p><p>nem tento</p><p>pouco tempo tanto</p><p>no desmeio</p><p>desmaio</p><p>e canto</p><p>só num canto</p><p>recanto santo</p><p>O tempo?</p><p>Faz tanto</p><p>acalanto</p><p>é cá lento</p><p>bem dentro</p><p>fora o vento</p><p>sopra o tempo já...</p><p><br /></p>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-74568534201624096572022-09-25T20:15:00.001-03:002022-09-25T20:15:29.005-03:00Meu Leme sou EuSenhora dos meus ais<div>demorados demais...</div><div>Mãe de muito sim.</div><div>Pai do que neguei a mim.</div><div>Vadia da integridade</div><div>de não Ser pela metade.</div><div>Orgulhosa de viver!</div><div>Dona do meu querer</div><div>acerto as vezes tentando</div><div>quase sempre errando.</div><div>Sigo de braços abertos</div><div>por caminhos descobertos</div><div>com a força decidida</div><div>ou ares de arrependida...</div><div>Ser Humano itinerante.</div><div>Sou minha comandante</div><div>nesse meu caminhar</div><div>sobre as águas desse mar.</div><div>Na lida com as ribanceiras</div><div>construí com mãos guerreiras</div><div>algumas grandes fortalezas</div><div>que aprendi com a natureza.</div><div>Sou dama esvoaçante</div><div>sob nuvens andante.</div><div>O vento por mim soprado</div><div>faz de mim um ser alado</div><div>Ás de asas abertas em curva</div><div>espalho desejos na chuva...</div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-54908458353013347082022-09-16T00:15:00.000-03:002022-09-16T00:15:03.975-03:00EUDISSEIA EGONIADA<p dir="ltr" id="docs-internal-guid-0645931e-7fff-7078-1cb9-3ae2c6437364">EUDISSÉIA EGONIADA</p><br><p dir="ltr">Ouvir o silêncio de Gaia</p><p dir="ltr">amplia o elo terreno</p><p dir="ltr">pois grita e ego na baia</p><p dir="ltr">contra o eco sereno</p><br><p dir="ltr">Paulo e a saia das avenidas</p><p dir="ltr">São os molambos da servidão</p><p dir="ltr">modernisses de vinte e dois</p><p dir="ltr">Loucos palcos da inovação</p><br><p dir="ltr">Quebra-se conservas</p><p dir="ltr">Toma-se o afresco</p><p dir="ltr">Busca de hortas e ervas</p><p dir="ltr">Temperam o resseco</p><br><p dir="ltr">Identidade Abapurada</p><p dir="ltr">regenera o olhar vil</p><p dir="ltr">colorindo a antarada</p><p dir="ltr">Macunaíma-se o Brasil</p><br><p dir="ltr">Vila de chinelos toca</p><p dir="ltr">Bandeira a saparia</p><p dir="ltr">Mário tece a roca</p><p dir="ltr">Oswald a ironia</p><br><p dir="ltr">Ser ou não Tupi?</p><p dir="ltr">Segue a dúvida brasileira</p><p dir="ltr">Sou ou não daqui?</p><p dir="ltr">Questiona a fronteira</p><br><p dir="ltr">Se o 22 é o louco</p><p dir="ltr">A semana foi o surto</p><p dir="ltr">mas talvez ainda pouco</p><p dir="ltr">Para o grande susto</p><br><p dir="ltr">Neste tempo centenário</p><p dir="ltr">Coamos no momento é</p><p dir="ltr">a egonia do revolucionário</p><p dir="ltr">pela eudisséia do café </p><br><br><br>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-68884651432542533542022-06-12T18:23:00.001-03:002022-06-12T18:23:50.736-03:00Estar em amor<p dir="ltr" id="docs-internal-guid-fefaedb2-7fff-bcb0-f5fb-b9dd127b9524">Dentro, fora.</p><p dir="ltr">Acima, abaixo.</p><p dir="ltr">Terra e Céu</p><p dir="ltr">Fogo e água.</p><br><p dir="ltr">Amorar-se sempre.</p><p dir="ltr">Enamorar-se talvez.</p><br>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-68451832844979780812022-04-09T14:10:00.003-03:002022-04-09T14:10:40.988-03:00Russo que baixa, sol que racha!<div><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: center;">A coisa da russa!</div><div style="text-align: center;">Tem Saci sem carapuça,</div><div style="text-align: center;">mas o pulso ainda pulsa.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Ainda que sintamos</div><div style="text-align: center;">tanta repulsa,</div><div style="text-align: center;">buscamos no céu</div><div style="text-align: center;">a grande ursa.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">... Ê preciso que toda </div><div style="text-align: center;">essa podridão seja expulsa.</div><div style="text-align: center;">...</div><div style="text-align: center;">Chega de tanta maldade avulsa!</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-45023520630868639622022-04-09T14:04:00.004-03:002022-06-12T18:26:28.755-03:00Por aí, caçando poesia...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0AC4yWXftz95_Jt6vxmaMUGYwYXY3ie606lGU4ezivjBrZPU-cGLOQzCCcL-Mr2d-oQlCs1p_XVmpTEAjFoDO5Mlt1CcZLOxMHjbgfQY4LAgtIA6Q5amyk2lPXvJH5WEs5F3zbB1NJHleQjW-b4QwZrhAlSHc7Ewtr06RWCJLH1SByqDM3z0IfTr3-A/s4160/IMG_20220312_212712055.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4160" data-original-width="3120" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0AC4yWXftz95_Jt6vxmaMUGYwYXY3ie606lGU4ezivjBrZPU-cGLOQzCCcL-Mr2d-oQlCs1p_XVmpTEAjFoDO5Mlt1CcZLOxMHjbgfQY4LAgtIA6Q5amyk2lPXvJH5WEs5F3zbB1NJHleQjW-b4QwZrhAlSHc7Ewtr06RWCJLH1SByqDM3z0IfTr3-A/s320/IMG_20220312_212712055.jpg" width="240"></a></div><br><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: center;">Cada pedra no caminho</p><p style="text-align: center;">um verso</p><p style="text-align: center;">nenhuma gente pertinho</p><p style="text-align: center;">converso</p><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: center;">Tropeço numa rima</p><p style="text-align: center;">solitária</p><p style="text-align: center;">E o ritmo confisca</p><p style="text-align: center;">a poemária</p><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: center;">Asas abertas parindo a poesia</p><p style="text-align: center;">chave dourada</p><p style="text-align: center;">soneto em busca da rimaria</p><p style="text-align: center;">contínua caçada</p><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: center;">Armapalavra, </p><p style="text-align: center;">onde parei ?</p><p style="text-align: center;">Sou caça, ou caçador?</p><p style="text-align: center;">Nem sei...</p><p style="text-align: center;"><br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-56483773723861733862022-03-04T22:54:00.001-03:002022-03-04T22:54:30.681-03:00Veredas?!É preciso estiagem:<div><div>um ser tão interno,</div><div>que enxugue o chão.</div><div><br></div><div>Para a engrenagem:</div><div>primavera, nem inverno,</div><div>nenhuma chuva de verão.</div><div><br></div><div>Água?! Só à margem,</div><div>no centro o inferno,</div><div>por dentro um vulcão.</div><div><br></div><div>Busco uma linguagem</div><div>e escrevo um caderno:</div><div>arranhando com a mão.</div><div><br></div><div>Invisível paisagem</div><div>nesse essencial eterno:</div><div>sou abismo num vão. </div><div><br></div><div>Uma pálida imagem</div><div>desmaiada no externo,</div><div>desfaço a conexão.</div><div><br></div><div>Eu já sem maquiagem</div><div>Sobre o leito iberno</div><div>regando meu coração.</div><div><br></div><div>Sonho uma tatuagem,</div><div>num movimento terno,</div><div>cacto em floração.</div><div><br></div><div>Acolhida na folhagem,</div><div>cheirando a colo paterno,</div><div>acordo em inundação.</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div></div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-33903787512719219712022-03-03T19:52:00.001-03:002022-03-03T19:55:23.877-03:00Basta bastante...A fronteira a giz<div>defende e ataca...</div><div>a mão invisível </div><div>comanda atrás</div><div>do apagador...</div><div><br></div><div>Todos juntam</div><div>a força das cores,</div><div>tintas e pintam</div><div>a resistência:</div><div>_"Daqui não saio,</div><div>daqui ninguém</div><div>me tira..."<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuN_2wUkHFeQLvN0HeAoLkcw10-Ib8NCb4D0csOA1ewuFJ6Ye8vx_k_61FGn-ikhDaGPeE4UdiF3is0htreuE4qbD2ecYHf5JrJKy-HfT4NAXaFtjXukwZL0rdAWNjPacNscCoxMtlTrbo/s1600/1646347933139177-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuN_2wUkHFeQLvN0HeAoLkcw10-Ib8NCb4D0csOA1ewuFJ6Ye8vx_k_61FGn-ikhDaGPeE4UdiF3is0htreuE4qbD2ecYHf5JrJKy-HfT4NAXaFtjXukwZL0rdAWNjPacNscCoxMtlTrbo/s1600/1646347933139177-0.png" width="400">
</a>
</div></div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-80418187138609805092022-01-03T13:55:00.001-03:002022-01-03T13:55:12.834-03:00Vê de vigilânciaOlhos janelares <div>buscam o espelho no outro<div>Insatisfeitos </div><div>com que vêem</div><div>na sua própria casa.</div></div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-37157004202218551482021-12-15T19:55:00.001-03:002022-03-25T01:45:39.577-03:00...rio em outra margem<p><br></p><p><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;"><br></span></p><br><p dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 0.0pt; margin-top: 0.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Eles começaram essa obra, pra manterem o sentido e a direção do silencioso pacto que nasceu na epifania do primeiro olhar. Assim, quinzenalmente saiam de suas rotinas, lares, famílias e partiam para a construção da estrutura e manutenção dos telhados de casas pré-moldadas no lado mágico das águas limpas de culpas.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 0.0pt; margin-top: 0.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Tomavam benção as mães no domingo, dormiam sob expectativas e beijando suas esposas e filhos, partiam para o encontro inevitável, desejado, onde de asas abertas abraçavam-se àquela circunstância sempre única.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 0.0pt; margin-top: 0.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Eram comprometidos a realidade daquele momento esculpido em pensamentos e sonhos que antecediam a fuga madrigal.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 0.0pt; margin-top: 0.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Tudo era planejado em detalhes rococós. Combinavam até mesmo a harmonia das cores com que se vestiram, as frutas que comeriam e o calendário lunar, faziam o mapa astral naquela semana, jogavam búzios, liam borra de café e, no domingo que precedia o evento, iam a missa e confessavam suas intenções, rezavam o terço, pra poderem usufruir da infidelidade em paz.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 0.0pt; margin-top: 0.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Compravam passagens em poltronas próximas. Durante a viagem olhares oblíquos, ciganos revelavam: Beatriz e Abelardo, Romeu e Julieta, Capitu e Escovar, Rita Baiana e o Portuga, Iracema e Martins, Brás Cubas e Helena, Nero e Roma. Nada calava os dizeres preliminares na quietude daquela condução, cujo motor barulhava a quentura de seus corpos, latejando o coração.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 0.0pt; margin-top: 0.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Quando fechavam os olhos previam os acontecimentos e faziam a "caminhadura" até o flat de palha na praia da deserta reserva. Naquela semana longe de tudo, encostavam-se no céu, atravessando a fronteira com Caronte: eram livres em arquiteturas tecidas sobre telhados que os protegiam dos pelourinhos do julgamento, num altar de amor chamado Pasárgada: Ilha do imponderável.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 0.0pt; margin-top: 0.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Voltavam sempre às sextas feiras em via crucis, sem se encararem durante a viagem, passando uma borracha de invisibilidade e nas memórias, pra retornarem o desenho dos personagens que não eram, mas reproduziam numa sociedade castradora, que os engoliam, até o próximo capítulo.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.3800000000000001; margin-bottom: 0.0pt; margin-top: 0.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Escreviam o roteiro daquela vida de palco e máscaras num novelo que tinha as cores do arco-íris numa película preto em branco.</span></p>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-4572836334789795532021-11-22T14:11:00.001-03:002021-11-22T14:23:48.464-03:00Vi você passando e pensei: passou Parou. Silenciou. Livrai-me, Universo, do carrasco sentido oco: da promessa de cheia, da úmida seca e do sertão que a falsidade oferte. Ah! A todos liberte!controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-13934516855210481752021-10-29T21:54:00.003-03:002022-03-25T01:57:49.819-03:00Só Memórias<p style="text-align: justify;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5ro6tBLsno8Cme93SzUcnYFRox0-SJ8eF4pnP3YG4-L4WCnCMG80P4AMiavxD6t211dfd6UQxMyucbOw18882V_znMErQxvQMlKG8RmvPyHDqfGHBEXrDcMraA4aaQuV2ICwjJxoUzo-8/s2048/104.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5ro6tBLsno8Cme93SzUcnYFRox0-SJ8eF4pnP3YG4-L4WCnCMG80P4AMiavxD6t211dfd6UQxMyucbOw18882V_znMErQxvQMlKG8RmvPyHDqfGHBEXrDcMraA4aaQuV2ICwjJxoUzo-8/s320/104.JPG" width="320"></a></div><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: justify;">A lembrança mais remota de plateia familiar que tenho não aparece no meu álbum de retratos internos:</p><p style="text-align: justify;">Não lembro do batizado, aniversários foram poucos, mas primeira comunhão eu fui sozinha, nem lembro se podiam ou queriam ir a formatura do Primeiro Grau, hoje Fundamental II, eu nem sabia direito o que era, só pediram pra eu ir de uniforme completo. As famílias estavam lá, menos a minha.</p><p style="text-align: justify;">O Segundo Grau, agora Ensino Médio, eu fui oradora e meu pai foi, entrou comigo e nem ficou, minha mãe ficou mais um pouco, mas logo voltou pra casa. Eu nem tenho fotos deste momento com eles. Só com meus colegas e professores.</p><p style="text-align: justify;">Daí veio a Graduação: Primeiro o Bacharelado, que não tive formatura, porque era caro, programado no Rio Centro. Nós não tínhamos nem como chegar lá...fiquei na comissão um tempo e desisti, mas as vezes penso é que se eu fizesse formatura, talvez tivesse que ir só novamente... Bom, não aconteceu e eu peguei meu diploma brindando com cafezinho junto ao Secretário e o Diretor da Faculdade de Letras da UFRJ.</p><p style="text-align: justify;">A seguir veio a Licenciatura, a Especialização, o Mestrado sem nenhuma honraria ou homenagem, a não ser eu olhando no espelho e dizendo: É. Você conseguiu!</p><p style="text-align: justify;">No próximo dia 12/11 vou tomar posse na Academia de Letras do Brasil. Tenho direito a dois convidados, mas minha filha não está no Brasil, o que era previsto anterior ao convite, mas irei só. Sei que serei minha melhor companhia mais uma vez, numa ocasião especial.</p><p style="text-align: justify;">Minha mãe dizia que eu fui seu melhor parto, que parece até que nasci sozinha, sem precisar de esforços dela ou da parteira. Eu acredito que quando morremos também é um momento que encaramos sozinhos. A sozinhez é inevitável como dizia Paulo Mendes Campos. Nunca senti solidão. Nem sei o que é isso, pois a vida não me deu tempo pra percebê-lo, porém a sozinhez é uma sabedoria de reconhecer que a ausência das pessoas com quem pretende compartilhar ou celebrar seus méritos é pra poucos: é pra quem sabe levanta-se só, quando é chamado pelo nome.</p><p style="text-align: justify;"><br></p><p><br></p>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-73576643937100573012021-10-13T21:17:00.000-03:002021-10-13T21:17:00.640-03:00PARÁFRASE <div style="text-align: justify;"> No badalar do sino são 6 horas. Há um quarto do dia já perdido e o silêncio após
a badalada anuncia os ruídos das calçadas e ruas desenhadas por passos operários.
O sol chega a janela e o rosa da parede clareia os olhos da menina,
fazendo brilhar seu desejo de viver, mas pela abertura da porta ecoa a voz que
corta a liberdade daquele momento. O aposento fica cheio de ordens e vigilância. </div><div style="text-align: justify;"> Abrem-se os olhos, depois da brecha atiçada pela luz dos postes, pois é noite e
a fogueira diante da lua cheia faz um chamado a vontade de fugir pela janela. O
parapeito vira um trampolim para o mundo. Burlando o controle, a saia voa leve
pela rua sob estrelas. A secura da boca na madrugada traz a sede que a acorda. </div><div style="text-align: justify;"> Aos poucos a madrugada atravessa seu corpo tomado pelo tempo. Suas necessidades
fazem estremecer, quer os olhos cerrados e banhados pelo sono, porém não
consegue dormir, sonhar, nem sequer lembrar do que imaginava quando encarava o
papel de parede encarnado, usando carmim no rosto ou batom vermelho, naquele
espelho que revelava uma mulher tomada pelo impulso da satisfação. </div><div style="text-align: justify;"> Enquadra-se
na moldura a grisalha figura matriarcal que pintou as paredes daquela casa e seu
rosto em maquiagens extravagantes, na escuridão fugidia em que a liquidez a
fazia ultrapassar obstáculos, tecer desafios e alcançar a sensação permissiva e
animar-se, mordendo a oportunidade de sentir o perfume da liberdade.
Depois, a água do banho e o cabelo trançado pra escola enganava a censura, mas
recendia na manhã o orvalho das noites perfeitas. Escorria das mãos a água gelada e os
segredos e confissões que jamais se saberia. </div><div style="text-align: justify;"> Assim, perfeito era o retrato
pintado em cores mornas que o raio do sol tingia de luz toda manhã.
No fundo do quadro, em meio a mudança dos bisnetos, foi descoberto um bilhete que dizia:
a chave da porta nunca foi encontrada, mas nunca deixei de sair e exibir lá fora o
que eu não podia ser aqui dentro. Arrombem as janelas e sigam a noite, até o
grito do amanhecer, antes que sejam emoldurados.</div>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-79524866197841388862021-10-13T20:59:00.006-03:002021-10-13T20:59:50.158-03:00Quanto?Nada.Absolutamente resignada.
Tudo.Totalmente Absurdo.
Metade. Pimenta que não arde.
Pouco.Coisa de louco.
Bastante. Parece arrogante.
Inteiro. Muito verdadeiro.
Põe na balança,Coisa de criança.
No medidor.Parece traidor.
Manõmetro? Paquímetro?
Multímetro? Micrômetro?
Não. Prefiro o verso livre.
controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-21507581544148193362021-06-22T16:32:00.001-03:002022-03-25T01:43:49.779-03:00Por Aí...<p> Os nós dos caminhos são muitos</p><p>e tropeçam nos pés que enfrentam</p><p>a vontade de ficar parados</p><p>lutam com a inércia e os sentidos</p><p>atiram-se em direções diversas</p><p>pra chegarem no onde do não sei.</p><p>As dúvidas reforçam os emaranhados</p><p>dispersos na intuitiva trilha </p><p>que se desenha ao vento ou pela chuva</p><p>os passos pesados afundam nas beiras</p><p>buscam eiras e escorregam nas incertezas.</p><p>Voos não cabem em asas recolhidas</p><p>de frio e medo, não embandeira-se</p><p>a liberdade</p><p> nem a leveza </p><p>é só chão</p><p>encharcado, enlutado e adornado</p><p>de lodos que deslizam os calçados</p><p>e os dedos da alma trêmula.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhad79D_UUIhMLwtbA65lQSSkNqWMbCZPXbwBVqfHhJ_QX8csngEnqsLqS_Z64SVPtIwiO6sywUrp8dX0qdt7d-Gm88wB5fDq3dW5-oN2z1f9Of3zaSsfZrLgsO5uACrAlwuHingtG-D5wu/s4160/IMG_20210522_154055376.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4160" data-original-width="3120" height="825" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhad79D_UUIhMLwtbA65lQSSkNqWMbCZPXbwBVqfHhJ_QX8csngEnqsLqS_Z64SVPtIwiO6sywUrp8dX0qdt7d-Gm88wB5fDq3dW5-oN2z1f9Of3zaSsfZrLgsO5uACrAlwuHingtG-D5wu/w240-h825/IMG_20210522_154055376.jpg" width="240"></a></div><br><p></p><p>Adormecem, </p><p>tudo fica dormente</p><p>caĩmbras de inquietude desatinadas</p><p>prometem sob o ensaio lunar</p><p>a escuridão da lua nova, escondida</p><p>marcando o céu de estrelas feito.</p><p>Orvalha a manhã a boca ansiosa</p><p>sedenta de luz </p><p>e grita o encontro</p><p>do fim do caminho: _ Acabou!</p><p>Não quero mais tatear o desconhecido</p><p>preciso de mim sob a clareza </p><p>da minha própria decisão.</p><p>Meus braços são abraçados </p><p>minhas pernas levitam</p><p>as folhas do meu pensamento</p><p>em branco escrevem-se</p><p>no desejo de Ser o que quiserem</p><p>poesias de si mesmas</p><p>almas de outono</p><p> prometem </p><p>a primavera e a iluminação </p><p>das cores reluzentes das águas</p><p></p>que banham a face do renovo.<p>As pontes suspendem veredas</p><p>pisadas, erguidas da lama</p><p>brotam um chão que eleva</p><p>nuvens no solo de junho.<br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p><p><br></p>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-72706739843175115252021-02-06T02:33:00.003-03:002022-03-25T01:59:12.186-03:00<p style="text-align: center;"> </p><p style="text-align: center;"> Pé d'água</p><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWitRGWIrLA3bxYEKxP5n_c9G0TDWkOpuKdzuj20RSri47mEdVyj5NvZr8_ccJEg-adycwgVRQVLLJyqeqHBg5E5yr0Lm-GJxd-lrVKH4lPRgwvqlq-5MM-5A2ZduJ-mKhh0p43psTg1Gg/s720/334706123_f60ad737bf_o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="720" height="518" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWitRGWIrLA3bxYEKxP5n_c9G0TDWkOpuKdzuj20RSri47mEdVyj5NvZr8_ccJEg-adycwgVRQVLLJyqeqHBg5E5yr0Lm-GJxd-lrVKH4lPRgwvqlq-5MM-5A2ZduJ-mKhh0p43psTg1Gg/w320-h518/334706123_f60ad737bf_o.jpg" width="320"></a></p><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: center;">Agueiro libertando o céu de tanta prece.</p><p style="text-align: center;">Aguei diante da natureza...</p><p style="text-align: center;">Quanta água em mim.</p><p style="text-align: center;">Desaguei essencialmente...</p><p style="text-align: center;">Aguacei minha civilidade.</p><p style="text-align: center;">Aguaçada na cabeça...</p><p style="text-align: center;">Aguaceiro em meus pés.</p><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: center;"><br></p><p style="text-align: center;"> </p>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-37531784184165076612020-10-14T20:05:00.004-03:002022-03-25T01:53:01.899-03:00<p><br></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXvu-maRJv-Em_xn4U7oMLb_3kfmAEBvc2UAnDj26hMZMp8jB5xlA3jUiPP4IU69doFKEo7gSz5o5zzUpq_2U9VLuK55cMEty5ymcAg4CR2ht2MBjLbdIviF1HUfekYUPpcTClD_YTBtDw/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="195" data-original-width="159" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXvu-maRJv-Em_xn4U7oMLb_3kfmAEBvc2UAnDj26hMZMp8jB5xlA3jUiPP4IU69doFKEo7gSz5o5zzUpq_2U9VLuK55cMEty5ymcAg4CR2ht2MBjLbdIviF1HUfekYUPpcTClD_YTBtDw/" width="195"></a></div><br><p></p><p><br></p><p><br></p><p>Ah, vida!</p><p>Há vida.<br></p><p>Sempre viva...</p><p><br></p>controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1940130784118246634.post-36019845518764703682020-06-19T17:42:00.001-03:002020-06-19T17:42:40.250-03:00Na estação<br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrPHe-oli6OVThpx3GzyaBj4J96L-6t9gDuP2a_s7XUf-kPvhGpPI7DwtE1PzcLHBEgRl1044wB37e1SpbH6n_LTatyAH2LHhQQyx5sXWqquBZPrGzlcstl5KlxV2lYNRp1bonID_TUC6g/s1600/folhas1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="400" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrPHe-oli6OVThpx3GzyaBj4J96L-6t9gDuP2a_s7XUf-kPvhGpPI7DwtE1PzcLHBEgRl1044wB37e1SpbH6n_LTatyAH2LHhQQyx5sXWqquBZPrGzlcstl5KlxV2lYNRp1bonID_TUC6g/s320/folhas1.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
O outono vai<br />
junto as folhas secas<br />
e o vento espanta a morte<br />
esboça o broto a espera<br />
o frio convida o abraço<br />
as mãos teclam a distância<br />
Segue o tempo ....<br />
É preciso aprender com as estações:<br />
" O inverno não tarda tornar-se primavera."<br />
<br />controvento-desinventorahttp://www.blogger.com/profile/02507682417050426632noreply@blogger.com0