as folhas correndo pelo chão
a pele seca a espera de chuvas
a liberdade plainando sem direção
sem portas e janelas as casas
sem braços, as mãos
os cachos cobertos de uvas
o corpo sem precisar do pão
livres todas as palavras
sílabas sem vogais
a língua voando de boca em boca
versos feitos em lavras
gritos mudos de ais
e a loucura nem muito nem pouca
as velas sem castiçais
o sopro acendendo as fogueiras
o fogo queimando o ar
a água lavando as sementes
da terra inda sem germinar
pontos e vírgulas pra mediocridade
sobre anil do papel apagado
consultas plurais com singularidade
o poema caminhando azulado
sobre os tons da livrerdade
quebra as correntes, o cadeado
...nasce esvoaçante a verdade
em um sistema escravizado
Nenhum comentário:
Postar um comentário