Sou o cais
sempre a_guardar
as ondas,
os ais
e a invejar
o vôo dos pardais.
Sou o cais
de tudo e todos
chegada e partida
em vendavais
apoiada no vento
soprando arredio
escondendo-se nos corais
Meu entardecer lilás
forra de azul embaçado
uma centena de iguais
horizontes emaranhados
que o anoitecem em paz
neste cais poetizado
em versos madriguais
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