um ser tão interno,
que enxugue o chão.
Para a engrenagem:
primavera, nem inverno,
nenhuma chuva de verão.
Água?! Só à margem,
no centro o inferno,
por dentro um vulcão.
Busco uma linguagem
e escrevo um caderno:
arranhando com a mão.
Invisível paisagem
nesse essencial eterno:
sou abismo num vão.
Uma pálida imagem
desmaiada no externo,
desfaço a conexão.
Eu já sem maquiagem
Sobre o leito iberno
regando meu coração.
Sonho uma tatuagem,
num movimento terno,
cacto em floração.
Acolhida na folhagem,
cheirando a colo paterno,
acordo em inundação.
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