sexta-feira, 16 de setembro de 2022

EUDISSEIA EGONIADA

EUDISSÉIA EGONIADA


Ouvir o silêncio de Gaia

amplia o elo terreno

pois grita e ego na baia

contra o eco sereno


Paulo e a saia das avenidas

São os molambos da servidão

modernisses de vinte e dois

Loucos palcos da inovação


Quebra-se conservas

Toma-se o afresco

Busca de hortas e ervas

Temperam o resseco


Identidade Abapurada

regenera o olhar vil

colorindo a antarada

Macunaíma-se o Brasil


Vila de chinelos toca

Bandeira a saparia

Mário tece a roca

Oswald a ironia


Ser ou não Tupi?

Segue a dúvida brasileira

Sou ou não daqui?

Questiona a fronteira


Se o 22 é o louco

A semana foi o surto

mas talvez ainda pouco

Para o grande susto


Neste tempo centenário

Coamos no momento  é

a egonia do revolucionário

pela eudisséia do café 




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