O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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terça-feira, 12 de julho de 2016
Metade de mil
Podia rimar tempos e ventos
não há ritmo às palavras
fluídas, fugazes e sólidas
na surrealice etérea
desse consciente-abstrato
Sopra aqui há alguns versos
sonetos com chaves de alumínio
epopéias ventinescas
quixotes carnavalescos
dulcinéias em moinhos tácitos
A impermanente certeza
corrói na ventilhagem
perfis e cílios postiços
engomados de expectativas
Castrada toda falta de liberdade
e o vento segue soprando a areia
tênue entre a forma e reforma
contrato com a desnecessidade
do limite derrubador de pensamentos
Pouca poesia pra muito vento:
metade de mim.
Mais que trezentos e cinquenta, Mário!
Sou Quinhetos.
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