Sorrisos bailam sobre cabeças,
olhos espalhados.
Picasso em flauta
toca a tela azul
impregnada
de assonâncias e mistérios.
Vagam em cores os intocáveis
com línguas-pincéis,
aquarelando sobre as cores primitivas.
Segue Miró num atabaque
cheio de tudo
pinta em dialetos
invocações e Axés
Portinari solta os negros
de suas telas
e uma dança circular
faz brotar um Quilombo
a céu aberto
Chuva de sons e tons
na paisagem cinza
que insiste no horizonte.
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