Quem inventou o tempo
nunca soltou pipa.
C. L.
O vento sopra o tempo
e os dias passam
folhinhas secas
instantes gastos...
Entre o sol e a lua
muitos planos
abrem cenas
fecham panos
alma nua
no camarim
da consciência
segue a disritmia
sem roteiro
o que fazer com o que sopra
sem parar dia-a-dia
tudo e nada
até a vida encher
e ficar vazia
ou aprumada
como pipa avoada
em tarde estia
na liberdade azul
acompanhada
de um contratempo
onde o vento havia
queria
via
ia
zerando a contagem
só de vadiagem
fazendo poesia
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