Árvores fazem meus olhos respirarem
minha pele na brisa vive esse amadurecimento
resvala a vida as vontades sementes
e brotam verdades trançadas por fortes raízes
Ah! É preciso regar o chão
sujar os dedos, desenhando a flora
erguer no íngreme a grama
segurar o verde nos olhos
dessa botânica sensível
que nos faz jardineiros
de nós mesmos
a tecitura das raízes
sob o solo passeia
como as folhas sopradas
pelo outono de árvores vazias
a espera do novo
as dores envelhecem, o tempo passa
e o florão resiste chorando no orvalho
dançando na brisa
renascendo nos frutos
da continuidade
e da sabedoria rica e simplicidade
de que fomos feitos de olhos
que passeiam em flores
nessa manhã de sol e azul.
Belo!...
ResponderExcluir... e o blog de visual novo, mais leve...
Abs., bons caminhos !
Lindo poema, Claudia Jardineira !
ResponderExcluir