Congelo no "já"
Mergulho no dentro
Olho o céu amanhecido
em azul de outono
meu corpo
pede sol
As palavras vão
se desfazendo no calor
debaixo delas
encontro sentidos
Refrescante poética
brota uma brisa
Sensorial entre os dedos
Escrevo
O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
Crônicas de viagem existem, desde que desbravar fronteiras tornou-se uma exigência aguda - ou existência para os que julgam mais profundamente esta questão. Li muitos textos sobre este assunto: Crônicas de viagem; Diário de Motocicleta; Comer, Amar e Rezar, além de clássicos como Viagens Setentrionais de Sterne, Cartas de Pero Vaz de Caminha, A Arte de Viajar, mas a melhor de todas as crônicas foi aquela que vivi em viagens, onde cada palavra foi experimentada à conta das aventuras de se arriscar inteira, entre fronteiras, para abraçar descobertas.