O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Vais...
Espacial segues nu
sem nada que sejas tudo
caminhas sobre o vento.
Logo tu,
Brutos absurdo!
Não és, nem estás
entre todos
és sozinho.
Quando te encontrarás??
Os passos voam enterrados
na falsa libertariedade
seus braços dependurados
sustentam falsas verdades...
Que céu azul te abrigará
em qual terra profunda
acharás sentidos
Nunca, jamais haverá
Flor sugada na semente,
inda tens uma luz
ara, rega, arranca as daninhas
ocupa teu lugar e te reconduz
seja simplesmente
nos passos onde caminhas...
domingo, 17 de setembro de 2017
Capitulando...
Quem dera tu fosses eu
e eu fosse tu!
Mergulharia com Escobar
deixaria Bentinho numa ilha
continuaria Mãe e Filha
sem deixar oblíquo o olhar
Seguiria dissimulada
confundindo as aparências
na sociedade perfumada
espalhando quintessências
Iria à praça,
gritaria bem baixinho:
_obrigada a essa raça
de homens como Bentinho!
Cortaria os cabelos
e da saia o comprimento
desfaria os novelos
da memória e do pensamento
Abriria as janelas
rasgaria as cortinas
mancharia as aquarelas,
honraria as Capitulinas!
sábado, 16 de setembro de 2017
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Matizes
Um passo ou dois
desliza o chão
ritmo da vida
antes ou depois
batuca o coração
som da despedida
feijão ou arroz
toda refeição
quer ser comida
retirou ou pôs
desejo na mão
vontade reprimida
fostes ou sois
silencioso refrão
voz dividida
desliza o chão
ritmo da vida
antes ou depois
batuca o coração
som da despedida
feijão ou arroz
toda refeição
quer ser comida
retirou ou pôs
desejo na mão
vontade reprimida
fostes ou sois
silencioso refrão
voz dividida
terça-feira, 4 de julho de 2017
PLENITUDE
Entre o que fui
e serei
a mudança
rasgando o presente
abrindo caminhos
Onde meus passos
se quero voar?
marco o chão
com a sombra
das asas
o vento já não sopra
a dança da liberdade
é que faz ventar(o)lar
Não há fronteiras
para o
risco alado
de não querer pousar
sábado, 1 de julho de 2017
simulacro
Nunca é você.
Feito de nada,
atravessado,
quieto em gritos
guardados
num silêncio
morno e vazio.
Sua boca sempre.
Ensaio de canção
muda, sem tom,
surda de não dizer.
No olhar a cegueira.
Nenhum brilho
retinas cerradas.
Todo o horizonte
no risco do delineador.
Um rosto coberto.
Máscara de absurdos
disfarce no espelho
do ser que não é.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Estiagem
Mãos de vento
sobre as cabeças
esvoaçam o pensamento
devassa suavidade
balançando os varais
secando a liberdade
o sol invadindo a tez
ao meio dia da vida
e uma sombra talvez
refresco aperreado
momento de graça
no chão castigado
poeira no olhar
espalha a verdade
que não quer calar
poema refeito
na dor forjado
estala no peito
nuvens em dedos
demarcam no céu
a chuva em segredo
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Cais
Sou o cais
sempre a_guardar
as ondas,
os ais
e a invejar
o vôo dos pardais.
Sou o cais
de tudo e todos
chegada e partida
em vendavais
apoiada no vento
soprando arredio
escondendo-se nos corais
Meu entardecer lilás
forra de azul embaçado
uma centena de iguais
horizontes emaranhados
que o anoitecem em paz
neste cais poetizado
em versos madriguais
sábado, 17 de junho de 2017
Espera
Caminha sobre a luz
essas flores do querer
em árvores nuas
sabem da beleza
as folhas secas
e os brotos que adormecem
nas sementes silenciosas
do outono avesso
as cores jardineiras
implorando a primavera
rastro invisível
de vida prometida
na sombra dos troncos
que assistem os passos
do tempo no vento
e sopra baixinho
o grito vindouro
da luz sobre o caminho
quarta-feira, 10 de maio de 2017
Matinal
sopra os olhos medrosos
a luz que cega vontades
venta na alma voraz
a coragem que tateia
o céu na pele azul
desta manhã
folhas secas escrevem
o chão da verdade:
tudo é causa e efeito.
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