segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CHEGA DE BRISA!!!

Sopros suaves me atormentam, se insistem em negar que os furacões existem.
As brisas podem anunciar as tempestades mais sórdidas...
Não creio na calma que embala a explosão contida,
nem em promoção de paisagem de Shopping, que esconde as necessidades reais.
Prefiro o grito, a revolta explícita, que a contenção temporária das barreiras insólitas.
A contemplação analgésica sabota a vida.
Defendo, que todas as manhãs, sigamos para o trabalho ao som e a provocante emoção de uma Escola de Samba na concentração.
Os ímpios sonham jardins infamemente perfeitos...
Os justos voam, prá compreenderem visualmente o caos, que desenha o mundo e, as vezes, despencam, mas sabem abrir as asas e voar.
Conversas inúteis e fúteis são soníferos que não nos deixam sentir o vento passar, nem a pele arrepiar.
Os berros ferozes, ocultos nas mentes alheias, deviam fazer um coral pelos direitos a ter direitos em ecoá-los nos vales, ao vento,até lapidarem verdades .
A sabotagem silenciosa das ventanias, avassaladoras e modificantes, convidam a  permanência de uma brisa eterna - causadora das insatisfações, que interferem de maneira inversamente proporcional aos nossos desejos.
Que a partir de agora, busquemos os Tufões, Furacões, vendavais, dando intensidade as modificações necessárias, neste Novo Ano que se inicia.


QUE O VENTO NOS ACOMPANHE EM NOSSOS CAMINHOS!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Beba-me...

Não sei por quem me tomas,
mas te bebo todos os dias.
Deliro no sabor dos teus versos
e na fragrância de tuas palavras.
Ouço acordes no silêncio
das entrelinhas.

Embora não me leia,
nem me escrevas
continuo
a tomar-te
mesmo quando rejeita beber-me.

Um brinde a poesia
e aos delíricos
dos poetas anônimos...
que bebem a liberdade
do vento!

Natais poéticos a cada dia de todos!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A sombra do vento

"Onde há muita luz, as sombras são mais profundas."
Goethe


Tua luz cega minha sombra.
Assombra-me...
Faíscas derramam-se
em minhas noturnicidades.
Na escuridão dos meus muros,
reflete teus faróis obscenos,
querendo a história
do olho, em terra de mal-vistos.

"Que pensará o meu muro
da minha sombra?
Pergunta-me coisas...
E então desagrada-me e incomoda-me,
como se desse por mim com um pé dormente." Alberto Caeiro

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pela estrada: dentro

Parto
na dor de prosseguir,
através do outro
inteiro
na estrada
sem direção
cheia de sentidos
amparada
pelas mãos sábias
da liberdade

Nasço,
morrendo
a cada passo
pequeno
e cresço
no que mereço.

Sobre o amor?
_Me vira
nesse caminho
pelo avesso.

domingo, 18 de dezembro de 2011

(In) ventando

O vento ás vezes sopra indeciso. Os passos se desfazem no chão. Não há marcas, nem sinais. Tudo é . Nada fica. Só o tempo devolve a verdade:Somos efêmeros aos olhos do eterno e infinitos diante da beleza de "Ser", assumindo imperfeições:

Seríamos felizes,
 se nos apaixonassemos pelos nossos defeitos,
diferenças e imperfeições uns dos outros,
 e tivêssemos as qualidades, compatibilidades e afinidades
 como prêmio ou brinde,
por nos  aceitarmos como somos.
Sêneca



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


Atirei
meu olhar
numa estrela
encontrei
uma constelação...

Tropecei
num garoto
e descobri
um homem.

Debrucei
sobre um verso
e desbravei
tua poesia.

Perdi
o medo de errar
e sigo errante..
prá acertar...(?)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Pedido ao vento

Plebiscito no Pará;

Países e emissão;

Prisões e acidentes;

O que eu quero
entre uma manchete e outra...

...é um foco de luz
prá ver meu amor.

vento a favor do contrário

Fiz minha oração
particular homenagem
a N.S da Conceição

Não esqueci o aniversário
de Guilherme
É que fiz tudo ao contrário
foi o  vento na epiderme

mudou minha direção
brilhou no olho Olorum
quiçá seja o vento doce
do olhar de Oxum...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Vento indomável

Um vento soprou dentro de mim,
eu não tive jeito de segurar...



Um grito contido
escorre
em minha garganta
noite a dentro
em goles
de desejo
e serenidade
volteios
em minha cabeça
acelerando meu coração
esquenta meu corpo...
E pela janela
urro plena
de insensatez:
EU TE AMO!!!!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

vento-livre

Há algo em mim,
que não é meu.
Um vento sem fim...,
que é seu.

Desfaz-me
em fragmentos,
diluindo-me
em cataventos...

Rasga-me
secretamente
vento-livre
em ti somente...
                                                                                  
                                                                                                                                                                

domingo, 4 de dezembro de 2011

Todos os ventos





Salve a Força dos Ventos!
Salve Ela!
E todas as matrizes femininas!
Interface
que sustenta
a delicadeza dos homens.







  sopro de Iansã

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Só um vento só...

      No solo dos lençóis desenho meu corpo, usando a linguagem da liberdade que escolhi: o aroma forte da solidão. Pouso em sono, concebida pelo cansaço do dia. Varrida de forças tomo meu próprio espaço, que divido, mas não concedo, pois lutei muito prá definí-lo e sentí-lo como meu. Encho de vento meus travesseiros e pulmões. Minha cama é feita de nuvens. Doce é meu chão.
       Cintilam cores na minha janela. Serão mentiras ou verdades? Sopra uma brisa que não responde. Fico vestida de dúvida e silêncio, espalhando minha sinceridade nua,  na noite calada de meus pensamentos.