sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ventos de mim

Quantas luzes apagadas
vernizes desbotados
paredes derrubadas
desejos entrecortados

recortes de imagens amareladas
depositadas no velho álbum da memória
bala-chiclete, lembranças carameladas
remendo em durex de páginas da nossa história

a bola furada, a peteca esfarelada
a pipa que não subiu,
a marimba que acertou a testa
tantos sonhos no bueiro da calçada
o lateiro vivo sumiu
junto com os docinhos da festa

Cadê o picolé de creme holandês
onde ficou o colorido do feriado,
o peixeiro, o quitandeiro,
em que distância?
Onde estão vocês?
Short rasgado, joelho ralado?
Pulando o muro e o canteiro...
encontrei o quintal da infância.

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