O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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quarta-feira, 22 de abril de 2015
VENTILA(DOR)
Cala-te e ouve a minha verdade silenciosa
há um grito em meus gestos
que ensurdece tua compreensão
Caminha nessa minha paralisia do tempo
convoca um relógio regressivo
levando-te ao início de todo esse nada
Esvazia-te dos restos invisíveis
que te ofereci em dimensões concretas
imperceptíveis a tua cegueira platônica
Saí da caverna pega o celular
e engole a agenda das putas literárias
que te usaram por poemas eróticos
Invoca, Bocage, Bataille, Bukowski
se exponha num comelôdromo
e desapareça numa autofagia
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