quarta-feira, 22 de abril de 2015

VENTILA(DOR)







Cala-te e ouve a minha verdade silenciosa
há um grito em meus gestos
que ensurdece tua compreensão

Caminha nessa minha paralisia do tempo
convoca um relógio regressivo
levando-te ao início de todo esse nada

Esvazia-te dos restos invisíveis
que te ofereci em dimensões concretas
imperceptíveis a tua cegueira platônica

Saí da caverna pega o celular
e engole a agenda das putas literárias
que te usaram por poemas eróticos

Invoca, Bocage, Bataille, Bukowski
se exponha num comelôdromo
e desapareça numa autofagia


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