sexta-feira, 18 de março de 2016

Conexões...

         

             Numa conversa extrovertida de balcão, consegue-se descobrir coisas inusitadas como: cérebro digestivo. A cliente identifica-se como alguém interessada em assuntos sobre a alimentação e digestão, assim constrói um diálogo com a comerciante à respeito da relação entre o cérebro e o intestino, alegando que ambos estão e têm sentidos conectados. A dona do estabelecimento apresenta um produto, que segundo sua experiência, permite a leveza de sentir o intestino limpo, sem nenhuma impureza. Prontamente, a cliente, que diz ser psicóloga, afirma: Há um intenso reflexo entre o funcionamento do cérebro e a digestão. Ambos são processadores de motivações externas ao corpo (alimentação e imagens) decodificadas em suas entranhas, ressignificadas pra fora, após a transformação que sofrem.
                   Há, no entanto, o saber sem sabor e o sabor sem saber, que auxiliam a desenvoltura física e psicológica do Ser que humanizamos.
              Caminhei,  revendo esses pontos de vista, e conclui: Todos os pontos do nosso corpo mantêm interseções e fundamentos que notificam suas equivalências. Notei que havia algo em comum entre a comerciante e a cliente, elas faziam, pois, uma digestão cerebral...
                   Lembrei, então, de paisagens que alimentaram meu cérebro e de comidas que me fizeram refestelar os pensamentos, num inverno que reuniu todos os meu sentidos. Tudo ficou limpo dentro de mim ao encontrar novos horizontes. Seguimos entre o saber e o sabor do presente, sem olhar pra trás, ou querer estar à frente.

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