O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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sábado, 1 de julho de 2017
simulacro
Nunca é você.
Feito de nada,
atravessado,
quieto em gritos
guardados
num silêncio
morno e vazio.
Sua boca sempre.
Ensaio de canção
muda, sem tom,
surda de não dizer.
No olhar a cegueira.
Nenhum brilho
retinas cerradas.
Todo o horizonte
no risco do delineador.
Um rosto coberto.
Máscara de absurdos
disfarce no espelho
do ser que não é.
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