quarta-feira, 6 de março de 2019

Carta escrita sob(re) o vendaval...








Parágrafos líricos também voam...

   O papel seguro por uma pedra e as palavras circulando na cabeça de vento sobre as montanhas. Tentativas várias de alcançar a luz das sensações, sem pensamentos organizadores da fluidez desembaraçada, que tenta dar vida ao que há entre insignificantes e ressignificados. 
   Processo de refazimento  faz a carta em branco voar, como uma borboleta no azul do papel que misturasse ao céu e torna-se livre, carregando as intenções de palavras jamais escritas, apenas ensaiadas na expressão do pensamento, que ecoa fora, livre das amarras tecidas entre o papel e a tinta. 
     Entre o vento forte e o chão há leveza e simplicidade, liberta-se o poder de manipular o pensamento em palavras. Resta  sentir o que ficou e deixar ir o que nunca devia ter chegado, num parto do que livre nasceu pra Ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário