sábado, 20 de março de 2010

Ventonagem II


Nessa engrenagem

me arrebento.

Não sou peça.

Sou passagem.

Sou vento,

corredor de ar.

Meu pensamento,

ciumento

da transparência

desse movimento...

agarra na essência

desengrena...

Chaplin poético,

em Tempos Modernos...

desejos eternos...

erros patéticos...

sopro de outono

deixo a consciência

numa corrente

morna...

e parto ventando

prá outra estação...

vácuo intenso

sem licença,

do último verão

vento sem desavenças...

na contramão.








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