Nessa engrenagem
me arrebento.
Não sou peça.
Sou vento,
corredor de ar.
Meu pensamento,
ciumento
da transparência
desse movimento...
agarra na essência
desengrena...
Chaplin poético,
em Tempos Modernos...
desejos eternos...
erros patéticos...
sopro de outono
deixo a consciência
numa corrente
morna...
e parto ventando
prá outra estação...
vácuo intenso
sem licença,
do último verão
vento sem desavenças...
na contramão.
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