O vento que venta daqui
é o mesmo que venta de lá?
Não, eu sou controvento,
ventania de esparramar,
até virar brisa,
desabotoar a camisa,
para o sangue ventilar.
Liquificar sem ar
controvento suado,
prá na liberdade
do vento
tocar, no sino, um dobrado
e ventando poder voar,
soando um verso molhado...
Senti você
entrar
pela minha janela.
Deixei
tocar meus ouvidos,
cantando
sobre a minha pele,
onde desenhou,
numa partitura invisível,
versos-esculturados
pelo rítmo de teus braços.
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