O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
Pages
domingo, 25 de maio de 2014
Túnel do vento
A criança lambe as feridas
esquece o adulto voraz
desfaz lembranças perdidas
apagando as digitais
a sombra estica a criança
o adulto fica assustado
a luz lampeja esperança
cura-se o machucado
num mesmo Ser: o trocado
de um tempo esquecido
é o presente e o passado
num movimento indeciso
na parede um retrato
é balanço pendurado
o prego conduz ao fato
faz-se estilhaçado
Renasce dos olhos fitos
a imagem da confiança
a desfazer os conflitos
na saliva da criança
O adulto reencontrado
na pele infante ferida
toma todo cuidado
com o presente da vida
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário