O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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domingo, 1 de junho de 2014
Entranças e Saideiras
O vento invade as palavras:
sentido da liberdade
sem direção e destemido
solta-as no descampado azul
são dançantes e superam-se
sopradas e engolidas
enchem-se e esvaziam-se
em promessas:
juras de não serem
pipa colorida da poesia
transparecem diáfanas
atravessam a linha imaginária
e as coisas que inexistem
mudam as marés
e desenham a margem
nonada das águas
constroem recifes
desfeitos em moinhos
de uma evocação
submersa entre nós
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