domingo, 1 de junho de 2014

Entranças e Saideiras


O vento invade as palavras:
sentido da liberdade

sem direção e destemido
solta-as no descampado azul

são dançantes e superam-se
sopradas e engolidas

enchem-se e esvaziam-se
em promessas:
juras de não serem

pipa colorida da poesia
transparecem diáfanas

atravessam a linha imaginária
e as coisas que inexistem

mudam as marés
e desenham a margem
nonada das águas

constroem recifes
desfeitos em moinhos
de uma evocação
submersa entre nós


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