sábado, 19 de julho de 2014

superficialidades profundas...

Para Milan Kundera





Chove do céu da minha boca
estrelas molhadas
com sabor de via láctea
engolidas pela noite
até que o dia exploda
em meus olhos


Fatias do tempo
entortam os ponteiros
é  hora do infinito
incontável tempo d'alma
contemplação do Ir e Vir:
idades do Ser Eterno

Cambalhotas no centro de mim
pantagruelices de felicidade
Inversa a toda gente: sigo-me...
fujo a sobrevivelâncias abafadas
nos microcosmos cotidianos
cheios de amarguíces inúteis
vaidades tolas
disfarçadas em doces perfumes

Quero a livreza insustentável
do esvaziamento do sem sentido!



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