Era um sorriso espelhado,
nas águas daquele lugar,
que escorria iluminado
até as ondas do mar.
Um dia ficou cinzento
ninguém sabia explicar
e naquele momento
tudo parou de brilhar.
Descobriu-se nas correntes
das águas que ali viviam
o choro dos afluentes
que lentamente morriam
Aconteceu a chuvarada
daquelas que limpam o ar
as aves em revoada
começaram a cantar
Um clarão naquela dia
cobriu toda a paisagem
o sorriso das águas corria
oloruns davam passagem
Toda o povo mergulhou
olhos, mãos, pensamento
o sol brilhou de alegria
sorriram as flores ao vento
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