O vento que venta daqui
é o mesmo que venta de lá?
Não, eu sou controvento,
ventania de esparramar,
até virar brisa,
desabotoar a camisa,
para o sangue ventilar.
Liquificar sem ar
controvento suado,
prá na liberdade
do vento
tocar, no sino, um dobrado
e ventando poder voar,
soando um verso molhado...
siga
as folhas
do outono
riscando o tempo
com olhar
e na leveza
do abandono
voe
no sopro
da natureza
entregue-se,
deite-se,
nas costas do vento
e deixe-se
levar
Talvez eu siga sua receita. pois a leveza do poema me fez navegar do outono para a primavera pulando uma estação. Texto lindo.
ResponderExcluir