domingo, 2 de maio de 2010

Brisa, vento, vendaval, ou o contrário?


"O segundo poema mais lido desse blog"

Empurra as cortinas,
antes arrumadas,
feito casa de bonecas.
As bonecas de barro
quebram-se empurradas,
acordam de tantas sonecas...
Invadem cortinas de vento,
alertam-se os mensageiros:
_as bonecas espatifadas

misturam-se sobre as almofadas,
derramam-se os tinteiros,
sobre os livros raros.
Rabiscam as histórias
amarradas ao passado
o tempo é atropelado...

De repente em solo
sopra a calma
e chega a brisa,
limpando o embaraço,
acarinha o alvoroço,
tira da fruta o caroço
e sobre o caos deslisa.
No espaço
abertas as janelas
batem as portas
e o martelo arbitrário...
quebra em pedaços
a perguntar as comportas,
em estilhaços,
doce querela, autoritário:
É Brisa, Coisa Indecisa?
Ou Vento, Sem constrangimento?
Quiça Vendaval, Tempestade emocional?
Ou o contrário, Ser Itinerário?

Um comentário:

  1. Os vendavais chegam... vão embora...as brisas permenecem...Ah! permanecem..

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