quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Especiarias taciturnas





todas as formas são raras
nas suas incomunicabilidades
o espinho atravessa a pétala
rasgando a poesia na tarde

o cinema de nós
embolados no escuro
imagens do encontro
pelas galerias

tintas nas telas dos olhos
pinturas sensíveis
leituras projetadas nas paredes
quadros sonoros em bocas confusas

Vermelho e amarelo
alaranjando amadurecências

Vontades espalhadas
pelas roupas no varal
lençóis abanando o chão
vestido de cactos e flores

Tempera-se a esperança
num sábado cinematográfico
em cravo e canela
a voz perfumando a pele


Nenhum comentário:

Postar um comentário