sábado, 22 de novembro de 2014

Eu, Cândido e o otimismo

(Fausto que me perdoe,
mas Cândido é fundamental.
Entre Goethe e Voltaire: o equívoco.
Dois complementares ou opostos?
É ser humano demais...
perspectivas avessas,
tecidas pela incoerência.)

Sou filha de jardineiro,
cuidador de uma família.
Herdei de Cândido o otimismo:
"é preciso cultivar nosso jardim."
Ainda que a vida seja fáustica:
"Quanto o rumor de enxadas me deleita!"

De um jardim não se apaga o vestígio.
Ele está no meio de nós!
Cultivemos e aguardemos
o florescer da existência.


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