domingo, 29 de agosto de 2010

porrada ao vento

Ventania inesperada
reguei vento
e tempestade
com tanto sentimento
com tanta vontade
que não vi nada.

Os raios me cegaram
trovões gritaram
pela minha boca
não me contaram
nem me protegeram
deixaram-me oca.

Ponto de contato,
convergência dos ventos
sopro de impacto
de todos os momentos

Eu aqui  e agora
armação de catavento
com olhar de banderola
quebrada pelo tormento
a filha que soprei
do meu colo quente
hoje enfrentei
menina e mulher:
frente a frente.
O que a gente quer?
Ventar, de repente.
O que não se quer?
Fingir-se contente.

Troveja. Venta,
Tempestades...
Alimenta
as verdades
desorienta
os covardes.
Quanto a nós?
Prá aprender
nunca é tarde.

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