Sopra o vento
carregado de areia
em meus olhos
cor de chuva
Não posso ver
as pupilas são o mar
salgando a boca seca
toca o realejo
a sorte do encontro
A chuva já passou
o vento desenhou o tempo
com os dedos na areia úmida
e nas poças da tarde de verão
A paisagem na aragem
pede um pouco de sol
pétalas de luz na cortina
amarelecem a parede
a vida grita insana
o direito de esperar
as estrelas mortas
que ainda vão nascer
a lua deságua
no céu semi-noturno
e o vento sopra
reclamando a noite
Cheguei agora.
ResponderExcluirNão vi a chuva.
Um beijo grande