O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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terça-feira, 22 de maio de 2012
Ventríloquos (ou ventríloucas)
Divinéia - Oi, Matilde! Sabia que o amor entrou em coma?
Matilde - Sim, mas ele ainda respira.
Divinéia - Mantem-se vivo, através de um balão de perfumes à distância.
Matilde - E continuará assim, para não identificar as flores do mal, que exalam essa fragrância.
Divinéia - Sigamos nos rastros literários da poeira poética, derramada sobre nós.
Matilde - Estou grudada nessa mesa, não consigo sair daqui ( acho que... nem sei se quero), nem receber ninguém.
Divinéia - Eu tenho poderes, Matilde, eu realizo desejos.
Matilde - Então me transforma em texto, em personagem, em livro, onde a paisagem seja uma estrada - em que me perca, pra me encontrar.
Divinéia - Mas vai abandonar sua mesa, seus livros, sua caverna?
Matilde - Sigo as sombras, nesse marasmo...a quietude do pensar, abarulhenta minhas vontades.
Divinéia - Te ofereço o vento no rosto, Matilde, e a liberdade sem fronteiras...
Matilde - Continuemos, Divinéia, faça-nos bucaneiras em versos-livres...
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