domingo, 24 de junho de 2012

Estranhamento é pra quem (não) se conhece...





Me sinto estranha, quando não reconheço em mim quem sou. Fico grotesca a luz de meus próprios olhos, percebendo coisas  em mim, causadas por linhas imaginárias...Escritas, proscritas...Entre os Trópicos de Capricórnio e Câncer, me esticando aos círculos de Pólos- limites-gélidos, que me marginalizam, por ter nascido das lavas de um vulcão - me conservando em banho Maria...Até quando:
A espera do que não se quer Ser?
O vão entre os travesseiros?
As rosas entre espinheiros?
As páginas marcadas pra ler, pra ninguém?
O relógio fazendo trilha sonora para os sonhos?
O oratório guardando orações silenciosas?
A confusão entre perspectiva e expectativa?
Ou entre está morta ou viva?
O tempo atravessando meus olhos?
O vento traduzindo meus sentidos?
A vastidão de meus horizontes aprisionada?
Meus olhos fechados, diante da minha janela?
Meus escritos engavetados em mim?

Sei o que não tenho e o que me falta,
do que tenho saudade e o que desejo...
Vivo a estranheza
por saber o que quero...
porque me conheço.








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