domingo, 3 de junho de 2012

Tempo-estátua

Estou parada,
no meio de uma manhã de domingo.
O sol chega e não me aquece.
As nuvens cobrem meus pensamentos.
Minha pele quer um carinho que não tenho.
Os ponteiros do tempo dançam,
dentro da minha cabeça.
O Ser que mora em mim
quer desabrigar-se.
As palavras que se escrevem
não traduzem o que sinto.
Vejo com o olhar estático,
o céu correr em meus olhos.
Minha janela testemunha minha catalepsia.
Penso em 'Domigo no Parque',
queria ser José, talvez João...
Juliana girando...
ou a rosa da Roda Gigante.
Reis de nada, rainha da demanda...
mas sigo parada...
nessa dia que não é de feira,
nem de namorar,
nem de roda gigante,
nem nada.

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