Mãos leves
sem vontade de escrever
vento entre os dedos
asas de Dédalo
são:
plumas
penas,
folhas sêcas,
suavidades,
nuances,
aragens,
bobagens,
paisagens
e flor...
Cor?
só pastéis,
dedos sem anéis
aquarelas,
só eu e elas
nada de pulseiras,
tecer de rendeiras
nem as linhas curvas
proteção sem luvas
tocam a calma
desenhando a alma,
prá uma orquestra reger
algo que assobia
dentro da mão vazia
uma música a nascer
feita dentro de mim
sem início,
nem meio,
nem fim.
Nada como a poesia em dias bege!
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