domingo, 28 de novembro de 2010

"Ventos uivantes..."

A fortaleza dos ventos
visitou a calmaria...
confusão e tormentos
ganharam anestesia

Imagens nas sombras projetadas
esclarecem confundindo em ameaças
ramagens de idéias insensatas
misturam credos, gritos e raças

"pasta de  pêsame" de dor
no monte dos ventos uivantes
filhos "do carbono e do amoníaco"
na química dos itinerantes

Sem rumo se vão os desencaminhados
Prá onde pró-seguir? ´Há estrada?
Na fileira  dos deserdados
não acredita-se no encontro de "Pasárgada".

Sopros empurram o que padece
as flores de plástico no varal
O vento uiva, então, em prece,
pela mãe que chora no funeral....

Podia ser diferente, dissidente?
Como saber as cores desta tela?
Se todos fossem iluminados como gente, 
não haveríamos que acender nenhuma vela.

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