quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vento marí(N)timo

Quero um vento com aroma de maresia
a  onda soprada aos meus pés e calos
aragem molhada de alegria tardia
coragem gelada e morna sem intervalos
mudando o curso do vento da vida vadia

Arrepio do pôr do sol no meu olhar
mãos quentes, corpo ardente, gente
tempo parado, vento paralisado no ar
e a vontade de voar livremente, sente
sem pressa de ir  de vir de voltar

Tragar o ar em movimento
expor-me ao sentido sem direção
fazer -me apenas sentimento
render-me jamais a rendição

Sou vento profano, que engano
que ultrapassa a arrebentação
sou no meu  fra(s)co o veneno
desinventada nessa ventilação.

4 comentários:

  1. E você acabou de chegar de um superferiado... Coragem, ainda tem quase dois meses de labuta...

    Um pedido: entre na configuração do blog e tire esta verificação de palavras que é um saco da preguiça de comentar.

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  2. "A distância é como os ventos: apaga as velas e acende as grandes fogueiras." (Machado de Assis)

    Lendo essa postagem encontrei com você.

    Abração grande, saudoso e amigo do "Calcanhar" aqui.

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  3. Os ventos levam e trazem pedaços da nossa vida, uns são leves e quentes, outros fortes e tão frios que rasgam a nossa pele e deixam-nos sem direcção...

    Beijos.

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  4. E eu quero deixar um abraço e votos que sua semana de seja de muitas alegrias.


    No dia da minha angústia busquei ao SENHOR; a minha mão se estendeu de noite, e não cessava; a minha alma recusava ser consolada. Salmos 77:

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