Há uma melancolia
escrita pelos seus passos
uma vida que manca
Faz yôga e balé
e risca o caminho
com a ponta do pé
suas mãos não acenam
nem esperam por ninguém
seguram qualquer barra
só não apontam estrelas
na sapatilha um segredo
do esconderijo que é
contido na ponta do dedo
Dançam seus olhos furta-cor
cegos de horizontes
recortando o nada
arrastando-se sem deixar rastros
gira em rosas
desenhos de espinhos
baila no devir
A vida por um fio
na corda bamba dos dias
tece no mais dentro
a vontade de explodir
não salta, não solta
presa a maquiagem
ribalta, o corpo a escolta
Não mora nenhum espelho
em seu bosque secreto
nem flores em seu jardim
é áspero seu sentido
nenhum ritmo a traduz
seu movimento em silêncio
reflete a sombra da luz
OLÁ,
ResponderExcluirsou seu seguidor há algum tempo e andei meio sumido, mas volto para valer e coma corda toda.
Isto por aqui, só melhorou ainda mais.
Estou lhe convidando para conhecer meus novos blogues, quem sabe você goste?
Um abração carioca e estarei agora sempre por aqui.