quarta-feira, 8 de maio de 2013

Cabeça de vento




Ela engolia o choro,
sempre que chovia.

Escondia o sorriso,
se o sol aparecia.

Fechava os olhos,
para guardar a paisagem
que não via.

Era afeita ao contrário:
avessa a travessia.

Enxergava no escuro,
onde nenhuma luz havia.

Quem sabe por isso
se chamava Luzia?!?!

Permitia-se a vida,
como  a escrevia.

Era cabeça virada
pelo vento da poesia.





Um comentário: