Ela engolia o choro,
sempre que chovia.Escondia o sorriso,
se o sol aparecia.
Fechava os olhos,
para guardar a paisagem
que não via.
Era afeita ao contrário:
avessa a travessia.
Enxergava no escuro,
onde nenhuma luz havia.
Quem sabe por isso
se chamava Luzia?!?!
Permitia-se a vida,
como a escrevia.
Era cabeça virada
pelo vento da poesia.