O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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domingo, 26 de maio de 2013
Ágora
Ele era uma praça.
Nele havia mendigos,
um espaço de fé,
crianças correndo,
pombos em revoada,
idosos jogando damas.
Ele: aquilo tudo.
Abraçava a diversidade
quermesses e ambulantes.
Ele: um enorme buquê de flores
perfumados manacás.
Conhecia o caminhar de cada um,
entendia o pisar emocionado
seu chão sensível, os percebia,
mas ninguém o via encolhido
a observar transeuntes,
a contar os sacos de pipocas,
nem os palitos de picolé.
Ele era a praça.
Aquilo tudo.
Um enorme buquê de flores.
A pele social sensível
que ninguém tocava..
Olhos atentos
que ninguém olhava.
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Não era um lugar-comum.
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