quero o risco da guerra.
Só não quero o certo.
Quero a vida-poesia que erra.
Verso derretido na forja,
aniquilado pelos tropeços,
estrofes capengas,
sentidos avessos.
Quero recital numa boca
cheirando o mal
refletida numa vidraça quebrada
num domingo de carnaval.
Títulos desconexos
versos desescravizados
um poema contra-senso
sem presente, nem passado.
Quero teu beijo-literário
lambendo versos alheios.
Textos entre-dentes urrados,
berrando nomes feios.
Quero o Beco do rato
antes da reforma
meio fio do molhado
constrangimento da norma.
Não quero amor-mendicância
uma dor semimplantada
Quero a realidade na tela
alegoricamente pixada.
Quero você meu poema
com todos os exageros,
lançado a vida e lançando
metade de todos inteiros.
Quero teus braços livres
para abraçar-me feliz
querendo todos os calibris
de tudo que eu nunca quis...
Muito bom.É gostoso passar por aqui.
ResponderExcluirAbraços