Ela saltou da Van na Rodoviária. Ele seguiu para o aeroporto.
Ela carregava uma mala pesada, não conseguia subir a escada. Então um homem estranho, como tudo o que ela sentia, a ajudou.
Agradecida ela caminhava sobre a passarela, quando ouviu um grito:_ Espere!!!
Era ele. Havia desistido de seguir e pedia com urgência que o esperasse. Ela ajoelhou-se sobre a mala. O esperou, encontrou, abraçou. Mergulharam num profundo silêncio. Um vasculhava o olhar do outro.
Andaram tropeçando na felicidade e seguiram em sorrisos mudos, até a Rodoviária, onde ficaram horas se reconhecendo, se percebendo, num tatear de almas infinito.
Até que se levantaram, de tão esparramados no chão, buscando um destino. Pra onde ir?
Foram até o guichê e compraram as passagens. Partiram, naquela manhã azul, rumo a Itabira.