O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Ave, Ferônia!
...o desenho da liberdade
não cabe dentro do meu dentro
livre saio pelo mundo
protegida pela deusa da vontade
sem limite
de ultrapassar passar assar asa ar
na força do vento embalo
o dom de voar
toco nuvens e digo impropérios lúcidos
pra enlouquecer de tanto azul
Dobram sinos em minhas catedrais
profanas e livres
e florescem dissonâncias
de um silêncio sem sentido
orientado pela tarde molhada de primavera.
Eis: olhos cegos que tateiam a boca
do beijo da noite que roça o ponto
final da imperdoável reticência...
Feronices hajam
e ajam em mim.
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Belíssimo poema! Especialíssimo este poema. Gostei muito do seu blog, dos seus poemas, que têm um toque especial. Vou continuar a visitar e também seguir para receber as novidades. Parabéns!
ResponderExcluirPedro
www.randomatizes.blogspot.com