Estreito ângulo
a boca ruge
escorre veneno dos olhos
o silêncio se espreme
no que não foi dito
no que não foi escrito
no gesto que não houve
no desejo reprimido
na calada da noite
amanhecida e mastigada insônia
o horizonte em beco no teu olhar
a perdição feita de virtuosidade
fajutos passos
para o nada de sempre
as palavras ainda prisioneiras
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