terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Poesia pluvial




nuas palavras

transparências vivas
gotas cheias de sensualidade
inundam os versos de sentidos

chove poemas lá fora
escorrem em minhas janelas
Pessoa, Bandeira, Drummond

estante de liquidez
derretem como relógios de Dalí:
todos os poemas de Augusto dos Anjos

boiam em forma de barquinhos
textos de Florbela
e como rosas as crônicas de Clarice

estanca a torrente
o céu seca em azul

arco-íris: Cora e Quintana
sopram estrofes ao vento
cantando suavidades lúcidas

minha alma lavada

Um comentário:

  1. Amiga, tu estás na melhor das companhias, com todos esses poetas maravilhosos.
    Um abraço. Tenhas uma boa noite.

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