quinta-feira, 3 de junho de 2010

Agora

Sopra um vento
molhado
gôsto de tempo
temperado

atravessa a via
devassa
e estia
ventando passa

compactua
na força
de uma fraqueza
atua, factua
a alma moça
da indelicadeza
não recua

Caminha
cama pequenininha
deita tua grandeza
sai da moleza
sopra a lâmpada
acesa

desilumina
prá nascer
fica menina
prá madurecer
deixa a retina
iluminecer

Cega
segue o tato
prá não me esquecer
Rega
esse mato
prá ele crescer
deixa o retrato
amarelecer

No vento
sopra a tela
rebento
aquarela
o momento

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