Sopra um vento
molhado
gôsto de tempo
temperado
atravessa a via
devassa
e estia
ventando passa
compactua
na força
de uma fraqueza
atua, factua
a alma moça
da indelicadeza
não recua
Caminha
cama pequenininha
deita tua grandeza
sai da moleza
sopra a lâmpada
acesa
desilumina
prá nascer
fica menina
prá madurecer
deixa a retina
iluminecer
Cega
segue o tato
prá não me esquecer
Rega
esse mato
prá ele crescer
deixa o retrato
amarelecer
No vento
sopra a tela
rebento
aquarela
o momento
E a menina já leu este poema?
ResponderExcluirPFA